Outono, momento de cuidar do casulo, amá-lo e decorá-lo.
Gosto muito de arranjos secos simples ou de buquês com espécies variadas de folhagens, ervas e flores. Na verdade, o ano todo prefiro assim porque acho mais sustentável.

Já deixei secar e na maioria das vezes compro já secas e elas ficam por meses comigo. Até na feira consigo espécies que secam naturalmente e ficam lindas. Uso ramos de eucalipto, invento e reaproveito. Faço e refaço composições, mudo de vaso, de lugar. É infinitamente interessante! Certamente, quem já veio aqui repara nisso. Tem na sala, no banheiro e nos meus cantos de trabalho. Me inspira!


Além disso, elas são carregadas de uma poesia diferente que fala sobre o tempo de todas as coisas e da beleza delas.
“É bonito assistir aos efeitos da passagem do tempo sobre as flores, galhos, sementes e frutos. Perceber os tons mais apagados e outonais que adquirem e que não encontramos nas flores frescas (ao menos por aqui no Brasil), e as formas retorcidas que podem assumir quando toda a água vai embora. É um convite a uma melhor aceitação das mudanças da vida. Um treino para se ver beleza onde já não há frescor. E há, claramente, uma questão forte de sustentabilidade envolvida. Desfrutar por mais tempo do que nos serve ou encanta, descartar menos…”, me contou Cris Sanches, florista e sócia da Arranjo Tropical, que fica em Santa Cecília, São Paulo.

Foi lá na Arranjo Tropical que eu percebi que tinha um olhar limitado para a beleza das flores. Já conhecia, claro, os arranjos secos, mas ainda não tinha me rendido a eles. Hoje, é uma paixão!


Para quem quiser se aventurar com arranjos secos, indico aqui em São Paulo também a @macondoplantaseafins da Mrecedes Tristão, na Vila Madalena. No mesmo bairro, Roberta Tassinari da @flori_estudiodeflores e o fantástico @floatelierbotanico Se você não está cidade, uma passada pelos IGs das marcas já vão abrir e muito sua cabeça e o coração para criar aí com referências maravilhosas!
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